quinta-feira, 1 de setembro de 2011

OZONIOTERAPIA PODE FAZER PARTE DO SUS

  • Posted on março 28, 2011 at 12:53 pm
Folha de São Paulo – Cláudia Ramos WItte

Uma audiência pública foi realizada na semana passada para decidir se a Ozonioterapia fará parte dos serviços oferecidos pelo SUS já em 2011. A técnica utiliza oxigênio e ozônio e é considerada pela área médica uma revolução no tratamento de patologias como feridas de difícil cicatrização, queimaduras, hepatites, inflamações ginecológicas, herpes, hérnias de disco, dores crônicas e até colesterol alto. A técnica é muito difundida na Europa. No Brasil, os benefícios do ozônio são estudados pelo Ministério da Saúde. Na semana passada, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) comprovaram a eficácia do ozônio na destruição da superbactéria KPC, causadora da morte de 18 pessoas em Brasília este ano. Agora, trabalham para reduzir a infecção hospitalar. O ozônio é um antiinflamatório poderoso e um antisséptico eficiente capaz de destruir vírus, bactérias e fungos. A utilização da técnica proporciona benefícios para a saúde e, também, diminui os gastos públicos. No caso do diabetes, por exemplo, a Ozonioterapia reduz em até 80% o número de amputações em pacientes que sofrem de pé diabéticos graças à rápida cicatrização e controle de infecções. O pé diabético é uma das mais devastadoras complicações do Diabetes Mellitus. O risco de amputação dos membros inferiores entre a população diabética é 40 vezes maior que na população de modo geral. “Há uma redução de até 25 vezes dos custos no tratamento de feridas crônicas em membros inferiores e gangrenas diabéticas por causa da cicatrização mais rápida, diminuindo o tempo de internação e, conseqüentemente, os gastos”, explica Dra. Emilia Gadelha Serra, diretora da Associação Brasileira de Ozonioterapia. CONTRA AS BACTÉRIAS HOSPITALARES O Brasil foi o primeiro país a comprovar a eficiência do gás ozônio no combate às superbactérias, como a KPC. A descoberta é fruto da pesquisa do médico Glacus de Souza Brito, do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP). Durante um ano, o pesquisador testou o gás e confirmou que bastam cinco minutos de exposição para que o ozônio destrua as paredes da KPC, impedindo a reprodução da superbactéria. “Além de elevar o Brasil a uma posição de destaque no meio científico internacional, o estudo feito no laboratório da USP promove uma economia significativa nos custos de saúde, porque reduz o uso de medicamentos antibióticos, dá maior eficiência aos métodos de assepsia e diminui o tempo de internação de pacientes contaminados pelas bactérias que promovem as infecções hospitalares.”, explica Dr. Glacus de Souza Brito. QUASE UM SÉCULO DE OZÔNIO O uso medicinal do ozônio começou na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, quando o médico alemão Albert Wolf passou a tratar as feridas dos soldados com o gás. Desde então, o ozônio – obtido da união de um átomo e uma molécula de oxigênio – vem sendo disseminado por vários países. 
A OZONIOTERAPIA  é uma técnica reconhecida pelos Ministérios da Saúde de países como Alemanha, Suíça, Espanha, Itália, Egito, Cuba, além de outros 15, inclusive, com reembolso médico. Cuba é uma referência nos tratamentos com ozônio e tem 39 Centros Clínicos de Ozonioterapia dentro de seus principais hospitais. Na Rússia, a técnica é utilizada em todos os hospitais Governamentais. 
Aproximadamente 50.000 médicos utilizam este método na Europa atualmente. Apesar de o Brasil ter sido pioneiro na comprovação da eficiência do gás ozônio no combate às superbactérias, como a KPC, a Associação Brasileira de Ozonioterapia ainda aguarda a decisão do Ministério da Saúde (MS) sobre o uso do ozônio no SUS. 
Na semana passada, foi realizada uma audiência pública para analisar a questão no tratamento de feridas e queimaduras. Para Emília Gadelha Serra, diretora da Associação Brasileira de Ozonioterapia, são inúmeros os argumentos a favor da técnica: “Estima-se um corte de até 30% nos custos do SUS com a introdução do uso do ozônio no tratamento de patologias previstas em protocolos com experiência internacional”, diz a médica. 
O tratamento com ozônio pode salvar vidas. O gás é usado na pele ou injetado no corpo do paciente. O equipamento utilizado é barato e o consumo de oxigênio medicinal também é baixo, com gastos mínimos. Isso pode modificar completamente o cenário do controle das bactérias hospitalares de uma maneira simples, barata e acessível a qualquer hospital do país.

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Dr. Jorge Gioscia Filho Médico graduado pela FFFCMPA Especialista em Cirurgia Vascular Curso de Especialização em Cirurgia Endovascular Curso de Especialização em Ultrassonografia Vascular Curso de Especialização em Carboxiterapia Curso de Especialização em Cirurgia Estética Genital. Curso de Especialização em OZONIOTERAPIA pela ABOZ. PósGraduação em Psicoterapia Sexual Membro da International Society for Endovascular Specialists Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Membro da Associação Brasileira para Estudos da Inadequação Sexual Membro da International Society for Sexual Medicine Vice Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual.